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28-03-2024
O Cacau: Uma Perspectiva Científica.
O cacau, cientificamente conhecido como Theobroma cacao, é uma planta nativa das regiões tropicais da América Central e do Sul. É amplamente cultivado por suas sementes, que são os principais ingredientes do chocolate. Além de seu valor comercial, o cacau tem sido objeto de estudo científico devido aos seus potenciais benefícios para a saúde.
Composição Química do Cacau:
O cacau é uma rica fonte de compostos bioativos, incluindo flavonoides, catequinas, epicatequinas e procianidinas. Estes compostos são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem contribuir para a saúde cardiovascular e cerebral. [1]
Benefícios para a Saúde:
Estudos epidemiológicos têm sugerido que o consumo regular de cacau ou chocolate com alto teor de cacau está associado a diversos benefícios para a saúde, incluindo a redução do risco de doenças cardiovasculares, melhora da função cognitiva e proteção contra o estresse oxidativo. [2][3]
Efeitos sobre o Sistema Cardiovascular:
As catequinas presentes no cacau têm sido associadas à melhora da função endotelial, redução da pressão arterial e diminuição do colesterol LDL oxidado, todos fatores de risco para doenças cardiovasculares. [4]
Efeitos Neuroprotetores: Estudos em modelos animais e em culturas celulares sugerem que os flavonoides do cacau podem exercer efeitos neuroprotetores, reduzindo o estresse oxidativo, inflamação e melhorando a plasticidade neuronal, o que pode ser benéfico para a prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. [5]
Considerações sobre o Consumo: Embora o cacau contenha muitos compostos benéficos, é importante notar que o chocolate comercializado muitas vezes contém aditivos como açúcar e gorduras saturadas, que podem contrabalançar os benefícios para a saúde. Portanto, é recomendado o consumo de produtos com alto teor de cacau puro e sem adição de açúcares.
REFERÊNCIA
Nehlig, A. (2013). The neuroprotective effects of cocoa flavanol and its influence on cognitive performance. British Journal of Clinical Pharmacology, 75(3), 716–727.
Martínez‐López, S., Sarriá, B., Gómez‐Juaristi, M., & Bravo‐Clemente, L. (2014). Theobromine, caffeine, and theophylline metabolites in human plasma and urine after consumption of soluble cocoa products with different methylxanthine contents. Molecular Nutrition & Food Research, 58(11), 2108-2116.
Katz, D. L., Doughty, K., & Ali, A. (2011). Cocoa and chocolate in human health and disease. Antioxidants & Redox Signaling, 15(10), 2779-2811.
Khan, N., Khymenets, O., Urpí-Sardà, M., Tulipani, S., Garcia-Aloy, M., Monagas, M., ... & Andrés-Lacueva, C. (2014). Cocoa polyphenols and inflammatory markers of cardiovascular disease. Nutrients, 6(2), 844-880.
Mastroiacovo, D., Kwik-Uribe, C., Grassi, D., Necozione, S., Raffaele, A., Pistacchio, L., ... & Desideri, G. (2015). Cocoa flavanol consumption improves cognitive function, blood pressure control, and metabolic profile in elderly subjects: the Cocoa, Cognition, and Aging (CoCoA) Study—a randomized controlled trial. The American Journal of Clinical Nutrition, 101(3), 538-548.